quarta-feira, 7 de maio de 2014

Construção sustentável e princípios básicos A incorporação de práticas de sustentabilidade na construção é uma tendência crescente no mercado. Sua adoção é “um caminho sem volta”, pois diferentes agentes – tais como governos, consumidores, investidores e associações – alertam, estimulam e pressionam o setor da construção a incorporar essas práticas em suas atividades. Para tanto, o setor da construção precisa se engajar cada vez mais. As empresas devem mudar sua forma de produzir e gerir suas obras. Elas devem fazer uma agenda de introdução progressiva de sustentabilidade, buscando, em cada obra, soluções que sejam economicamente relevantes e viáveis para o empreendimento. Qualquer empreendimento humano para ser sustentável deve atender de modo equilibrado, a quatro requisitos básicos: • Adequação ambiental; • Viabilidade econômica; • Justiça social; • Aceitação cultural. A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura - AsBEA, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições apresentam diversos princípios básicos da construção sustentável, dentre os quais destacamos: • aproveitamento de condições naturais locais; • utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; • implantação e análise do entorno; • não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem-estar; • qualidade ambiental interna e externa; • gestão sustentável da implantação da obra; • adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; • uso de matérias-primas que contribuam com a eco-eficiência do processo; • redução do consumo energético; • redução do consumo de água; • reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; • introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável; • educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo. O Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção (CIB) define a construção sustentável como “o processo holístico para restabelecer e manter a harmonia entre os ambientes natural e construído e criar estabelecimentos que confirmem a dignidade humana e estimulem a igualdade econômica” (CIB, 2002, p.8). É importante notar que o Conselho fala de “restabelecimento da harmonia”, isso porque muitos processos que privilegiavam o aproveitamento passivo de fatores naturais, como luz, calor, ventilação, entre outros, foram abandonados com o advento da energia elétrica e tecnologias de aquecimento e resfriamento artificiais. Há espaço para o resgate de antigas tecnologias e processos para o aumento da sustentabilidade das edificações. Pequenas mudanças, adotadas por todos, podem trazer grandes benefícios sem grandes impactos no custo final do empreendimento. A noção de construção sustentável deve estar presente em todo o ciclo de vida do empreendimento, desde sua concepção até sua re-qualificação, desconstrução ou demolição. É necessário um detalhamento do que pode ser feito em cada fase da obra, demonstrando aspectos e impactos ambientais e como estes itens devem ser trabalhados para que se caminhe para um empreendimento que seja: uma idéia sustentável, uma implantação sustentável e uma moradia sustentável.
A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou na sessão do dia 19 de dezembro de 2012, projeto de lei que altera o Código de Edificações da cidade (lei complementar 284/92), permitindo o uso de telhado verde sobre lajes e demais coberturas do último pavimento de prédios. Conforme o projeto, de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa (PT), o telhado verde deverá ter vegetação natural extensiva e não configurará pavimento utilizável, reservada a área para circulação de acesso ao equipamento técnico. “Entre as principais vantagens desse tipo de telhado estão: compensar parcialmente a área impermeável que foi ocupada no térreo da edificação; facilitar a drenagem; fornecer isolamento térmico e acústico; produzir um diferencial estético e ambiental na edificação; e ser um atrativo em potencial para pontos comerciais e turísticos. Trata-se, portanto, de uma alternativa sustentável e viável a ser instalada sobre lajes e telhados tradicionais”, diz Sgarbossa. Segundo o autor do projeto, essa tendência está em grande crescimento em todo o mundo. “Com ajuda de lei que permite abatimentos em impostos, cidades como Nova Iorque e Chicago mais que dobraram a superfície verde de seus prédios, resultando em uma cobertura verde que soma 87,7 mil metros quadrados, ou 10% da área construída da cidade de Nova Iorque. Essa atitude está por toda Europa e chega agora ao Brasil”, garante o vereador. Texto e edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

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O Instituto Penso Verde tem por finalidade estudos, pesquisas e desenvolvimento da Permacultura e da sustentabilidade urbana, com ênfase em bioconstruções. Foi esta finalidade que motivou a organização o curso de bioconstrução, Capacitação em Construção com Terra, nos dias 2, 3 e 4 de maio de 2014, trazendo a especialista argentina Natacha Hugón, que é diretora do Centro CIDART (Centro de Capacitaciones, Investigación y Diseño de Arquitecturas de Tierra), Buenos Aires, Argentina. Natacha é Membro da Red Argentina PROTIERRA. Tem sido palestrante em congressos, jornadas e seminários sobre arquitetura e construção com terra. Atua como Investigadora de Projeto no programa ARCONTI (Arquitectura y Construcción com Tierra) do Instituto de Arte Americano e Investigaciones Estéticas (IAA) da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Buenos Aires. Este programa integra o projeto UNESCO de “Arquitecturas de tierra, culturas constructivas y desarrollo sostenible”. O curso teve a participação de 27 inscritos, entre eles arquitetos, engenheiros, alunos de arquitetura e engenharia, biólogos, bioconstrutores, técnicos e interessados em geral, sendo um curso intensivo com aulas teóricas e práticas sobre acabamentos em construções com terra. Foram abordados os seguintes tópicos: Identificação e análise de solos Reboco grosso e reboco fino Alto relevo Pinturas naturais

terça-feira, 6 de maio de 2014

Uma Pousada Rural Sustentável em Porto Alegre.

Em uma construção natural podemos utilizar além da terra, pedras, fardos de palha, bambu, tocos de madeira e resíduos não processados. Aqui falaremos das técnicas que utilizam a terra crua como matéria prima. Para as diferentes técnicas utiliza-se uma massa básica constituída de terra com 60 a 70% de areia, 30 a 40% de argila e água em quantidade suficiente. Alguns aditivos podem ser agregados de acordo com as necessidades ou com a técnica escolhida. Os principais aditivos são: Esterco de vaca ou cavalo que são estabilizantes químicos da massa. Grãos, fibras, folhas secas e limpas, capins e palhas que estabilizam a massa e “amarram” internamente as partículas de areia e solo. Cimento, cal e ou cinzas que proporcionam uma liga mais resistente e mais durável. Óleos vegetais, látex, seivas e ou betume asfáltico que torna a mistura mais impermeável e com menos água fica mais resistente às intempéries.